segunda-feira, 12 de março de 2012

Herpes: Programa Bem Estar

       O herpes faz pelo menos 640 mil novas vítimas todo ano no Brasil. Para ser transmitido, o vírus precisa apenas de alguns segundos de contato entre uma pessoa e outra. Depois do contágio, não tem mais volta: você vai carregá-lo pelo resto da vida.
      Diferente do vírus HIV, que não é transmitido apenas pelo contato, o do herpes pode ser passado apenas através de um beijo. A doença não tem cura, mas se a pessoa tiver o sistema imunológico forte, consegue evitar novas crises e lesões.  Além disso, o medicamento na hora certa pode evitar também o surgimento das feridas.
     Na primeira vez que o herpes aparece, a lesão vem com muito mais força porque pega o sistema imunológico despreparado. O vírus é uma ameaça que o corpo não conhece, portanto não consegue impedir e demora a se defender, deixando o organismo mais vulnerável. Nas próximas infecções, o corpo se acostuma e consegue amenizar as lesões com uma defesa mais eficaz.
info Bem Estar herpes (Foto: arte/G1)
     A doença também pode ser transmitida da mãe com herpes genital para o bebê no caso de um parto normal. Nesse caso, é fundamental a cirurgia de cesária para evitar o contágio.
Segundo o infectologista, Dr. Caio Rosenthal, o vírus pode ser transmitido mesmo que a pessoa não tenha a lesão aparente, mas no caso das lesões, é mais perigoso e é preciso cuidado.
      Quem tem o vírus, é importante cortar do cardápio alimentos salgados e ácidos, como batata, pipoca, laranja, suco de limão e vinagre. Esses alimentos podem irritar ainda mais a herpes e aumentar a dor. Há três tipos da doença: o herpes labial, o genital e o zoster.
Herpes labial
O sol aumenta o risco de lesões da doença, portanto é importante utilizar protetores labiais para evitar as crises. Se você já está com a ferida, evite passar os protetores porque eles podem irritar ainda mais os lábios, aumentar a lesão e até espalhar o vírus.
Herpes genital
A camisinha pode ajudar a evitar a transmissão do herpes genital. Ela não é 100% segura porque protege apenas o pênis e a vagina, enquanto o vírus pode se espalhar pela virilha. O ideal mesmo evitar sexo quando há lesões, até porque pode causar ardor e incômodo no local.
Herpes zoster
      É um tipo mais raro de manifestação da doença e acontece quando há uma reativação do vírus da catapora, o vírus varicella-zoster (VVZ). Isso acontece porque, depois de ter a catapora, o vírus não é completamente eliminado do corpo e fica em estado de latência. Quando adulta, a pessoa pode ter a eclosão do herpes zoster.
     Por algum motivo como estresse, mudança hormonal ou imunossupressão, o vírus da catapora se reativa, levando ao aparecimento de vesículas em zonas muito dolorosas -- alguns pacientes não aguentam nem o vento nessas áreas. Além de coceira e ardor, esse vírus também pode causar dor de cabeça, febre e mal-estar.
     Quando o herpes zoster surge, fica concentrada em um lado do corpo e não chega a ultrapassar o meridiano central do corpo. Os locais mais comuns em que ela aparece são: a região torácica (53% dos casos), cervical (20%), do trigêmeo (15%) e lombossacra (11%).

Tratamento
      O aciclovir é o principal remédio para evitar o aparecimento das lesões causadas pelo vírus da herpes. O medicamento não mata o vírus, apenas impede sua reprodução. A hora certa de passar o remédio é quando a pessoa começa a sentir aquela sensação de coceira, calor e incômodo localizados. Se aplicado em tempo, o remédio inibe a reprodução do vírus e evita a criação de ferimentos na camada mais superficial da pele.
     Muita gente aplica o remédio quando já está com a lesão e isso é errado porque, depois de 72 horas da fase do comichão e da coceira, o remédio já perde quase que completamente sua eficácia.
No caso da herpes zoster, também podem ser aplicadas vacinas imunoestimulantes que diminuem a frequência e intensidade da doença. É importante procurar o médico logo quando surge a doença.

Fonte: Programa Bem Estar